quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Taylorismo

Fonte: Google Imagens
Taylorismo ou Administração científica é o modelo de administração desenvolvido pelo engenheiro estadunidense Frederick Taylor (1856-1915). Caracteriza-se pela ênfase nas tarefas, objetivando o aumento da eficiência ao nível operacional. Taylor propunha uma intensificação da divisão do trabalho, ou seja, fracionar as etapas do processo produtivo de modo que o trabalhador desenvolvesse tarefas ultra-especializadas e repetitivas. Diferenciando o trabalho intelectual do trabalho manual. Fazendo um controle sobre o tempo gasto em cada tarefa e um constante esforço de racionalização, para que a tarefa seja executada num prazo mínimo. O fato mais marcante da vida de Taylor foi o livro que publicou em 1911 "Princípios de Administração Científica". A ideia principal do livro é a racionalização do trabalho que nada mais é que a divisão de funções dos trabalhadores. Taylor acredita na ideia da eficiência e eficácia que é a agilidade e rapidez dos funcionários gerando lucro e ascensão industrial. Taylor era interessado em engenharia e em problemas com o tempo dos funcionários. Nota-se a influência de Taylor no livro "Estudo de movimentos" onde Gilbreth menciona o desperdício de terra por meio da erosão, mas diz que isso não é nada, se comparado com o desperdício de produtividade humana. Para resolver esse problema, Gilbreth propunha o estudo sistemático e a racionalização dos movimentos necessários para a execução das tarefas. 
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Princípios Fundamentais do livro de Taylor "Princípios de Administração Científica":
·        Princípio do Planejamento: Substituir os métodos empíricos por métodos científicos e testados.
·        Princípio da Seleção: Como o próprio nome diz seleciona os trabalhadores para sua melhores aptidões e para isso são treinados e preparados para cada cargo.
·        Princípio de Controle: Supervisão feita por um superior para verificar se o trabalho está sendo executado como foi estabelecido.
·        Princípio de Execução: Para que haja uma organização no sistema as distribuições de responsabilidades devem existir para que o trabalho seja o mais disciplinado possível.

Exemplos

  • A Guerra de 1914-1918 deu aos americanos oportunidades de aplicar em larga escala e mostrar aos europeus novos padrões de eficiência de operação militar. Os franceses ficaram profundamente impressionados com a velocidade das tropas americanas na construção de cais, estradas e linhas de comunicação.
  • As empresas automobilísticas também são exemplos possíveis para o taylorismo, afinal é impossível imaginar uma empresa de produção automobilística sem divisões de tarefas para cada funcionário, linha de montagem, prêmios para aqueles que conseguem atingir uma determinada meta na produção.
  • O princípio do controle é notado em diversas empresas de foco comercial e em diversas fábricas, onde é visível a presença de supervisores e "superiores" em geral vistoriando os trabalhadores em suas tarefas.
  • O princípio da execução, que basicamente pode ser resumido na atribuição de responsabilidades visando uma execução do trabalho o mais disciplinada possível, pode ser visto atualmente em quase todas as empresas departamentalizadas, já que isso é uma forma de atribuição de responsabilidades distintas visando a melhor execução do trabalho. 

Metodologia taylorista de estudo 

Taylor tinha o objetivo de acelerar o processo produtivo, ou seja, produzir mais em menos tempo, e com qualidade.

  • Segundo Taylor, à gerência caberia: afixar trabalhadores numa jornada de trabalho controlada, supervisionada, sem interrupções, a seu controle da, podendo o trabalhador só parar para descansar, quando for permitido, particularização de cada movimento.
  • Taylor afirma que a gerência não podia deixar o controle do processo de trabalho nas mãos dos trabalhadores, neste caso como os trabalhadores, conheciam mais a função do que o gerente, estes deveriam aprender os métodos de trabalho para então cobrar dos trabalhadores;
  • Ele procurava a eficiência no trabalho, por isso tinha que eliminar todos os desperdícios de tempo;
  • Para Taylor o processo de trabalho não devia estar nas mãos dos trabalhadores, e que de fato estava através do trabalho combinado, sua grande descoberta foi os conhecimentos da produção do processo combinada. Estava concentrado mais nos operários do que na gerência, e neste caso esse processo e as decisões deveriam passar por ela e não pelo trabalhador.
  • Com o conhecimento da produção a gerência poderia estabelecer os tempos necessários: assim, fixou a distribuição do tempo de trabalho.
Taylor não estava interessado no avanço tecnologia, mas preocupado em controlar o trabalho a qualquer nível de tecnologia.
  • Fez pesquisa para analisar como o trabalhador poderia produzir mais num ritmo de trabalho controlado.
  • Também acreditava que o trabalhador devia apenas aprender a executar uma função, não podia perder tempo analisando o trabalho, visto que ele não tinha nem tempo para isso, nem dinheiro, isso caberia a gerência. 

Organização racional do trabalho

Objetivava a isenção de movimentos inúteis, para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo médio, a fim de que as atividades fossem feitas em um tempo menor e com qualidade, aumentando a produção de forma eficiente.
  • Estudo da fadiga humana: a fadiga predispõe o trabalhador à diminuição da produtividade e perda de qualidade, acidentes, doenças e aumento da rotatividade de pessoal.
  • Divisão do trabalho e especialização do operário* Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos, cada um se especializaria e desenvolveria as atividades em que mais tivessem aptidões.
  • Desenho de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o conteúdo de tarefas de uma função, como executar e as relações com os demais cargos existentes.
  • Incentivos salariais e prêmios por produtividade
  • Condições de trabalho: O conforto do operário e o ambiente físico ganham valor, não porque as pessoas merecessem, mas porque são essenciais para o ganho de produtividade
  • Padronização: aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir os custos
  • Supervisão funcional: os operários são supervisionados por supervisores especializados, e não por uma autoridade centralizada.
  • Homem econômico: o homem é motivável por recompensas salariais, econômicas e materiais.
A empresa era vista como um sistema fechado, isto é, os indivíduos não recebiam influências externas. O sistema fechado é mecânico, previsível e determinístico. Porém, a empresa é um sistema que se movimenta conforme as condições internas e externas, portanto, um sistema aberto e dialético.

Críticas ao modelo

O modelo ignorava as necessidades dos trabalhadores, além do contexto social, gerando muitas vezes conflitos e choques, às vezes violentos, entre administradores e trabalhadores. Como conseqüência, os trabalhadores geralmente se sentiam explorados, uma vez que sentiam que esse tipo de administração nada mais era do que uma técnica para fazer o operário trabalhar mais e ganhar relativamente menos. Isso era o oposto do que Taylor e seus seguidores imaginavam quando pensaram na harmonia e cooperação desse sistema. Outra crítica ao modelo é a de que ele transformou o homem em uma máquina. O operário era tratado como uma engrenagem do sistema produtivo, passivo e desencorajado de tomar iniciativas, já que os gerentes não ouviam as idéias das classes hierarquicamente inferiores, consideradas desinformadas. Além disso, o modelo tratava os indivíduos como um só grupo, não reconhecendo a variação entre eles, gerando descontentamento por parte dos trabalhadores. Essa padronização do trabalho seria mais uma intensificação deste do que uma forma de racionalizá-lo.

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