domingo, 21 de novembro de 2010

Centro Contemporâneo de Arte e Fotografia

Beagá dispõe agora de um novo point para os amantes da fotografia (como eu). Fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura e o Instituto Moreira Salles, a Fundação Clóvis Salgado inaugurou em janeiro esse novo espaço de discussão, exibição e estudo das artes visuais da cidade, o Centro de Arte Contemporânea e Fotografia. A proposta é tornar o Centro uma referência na difusão, discussão e reflexão sobre a  produção contemporânea de artes visuais. Além do espaço expositivo, o Centro de Arte Contemporânea e Fotografia será também uma unidade de intercâmbio entre artistas, de pesquisa e produção de conteúdo, além de exibir o rico acervo fotográfico do Instituto Moreira Salles e outras coleções do gênero. 

Fonte: Google Imagens


Este mês, o Centro de Arte Contemporânea e Fotografia recebeu a exposição Moderna Para Sempre – A Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú. Nesta itinerância em Minas Gerais, a mostra apresenta 87 obras, incluindo as novas aquisições de duas vintage de José Yalenti: Reflexo – da qual uma cópia limitada já pertencia ao acervo – e Ovaladas, ambas de 1950. 
Fonte: Google Imagens
Com curadoria do fotógrafo Iatã Canabrava, Moderna Para Sempre passou antes por Porto Alegre, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli e foi visitada por mais de 26 mil pessoas. As fotografias remontam ao período entre os anos 40 e 70 do século passado, quando na esteira do modernismo europeu e americano da década de 20, os artistas brasileiros entraram na discussão sobre os limites da arte fotográfica. Ao todo, aparecem 87 imagens de 26 artistas – 16 delas, vintage. Este recorte da coleção de fotografias do Itaú mergulha, sobretudo, no movimento fotoclubista brasileiro. 
Fonte: Google Imagens
Segundo Canabrava, o fotoclubista brasileiro começou em São Paulo no Foto Cine Clube Bandeirante, fundado em 1939, e se alargou para os outros fotoclubes. Em geral era composto de amadores da fotografia que, livres das obrigações de um trabalho comercial, puderam experimentar e ousar quebrando regas e padrões. Nesses núcleos aterrissaram artistas como Geraldo de Barros, Thomaz Farkas, José Yalenti e German Lorca, presentes na exposição. 
Fonte: Google Imagens
“Nas imagens destes fotógrafos encontrarmos as buscas de formas e volumes, abstracionismos e surrealismo, em uma evidente influência das antigas vanguardas européias”, conta o curador que pesquisa o assunto há cinco anos. Os trabalhos destes artistas começaram pictorialistas, imitando os padrões da pintura do século XIX. Com o desenvolvimento e crescimento econômico do país desembocaram no celeiro da fotografia moderna brasileira, a chamada Escola Paulista. 
Fonte: Google Imagens
“Esta, por sua vez, por meio de experimentações estéticas e por vezes científicas redirecionou o rumo do fazer fotográfico como já estava ocorrendo na Europa e EUA desde décadas anteriores, conta o curador. “A partir deste momento, texturas, contra-luzes, enquadramentos sóbrios, linhas geométricas, solarizações, fotomontagens, fotogramas, entre outros tópicos passam a integrar o vocabulário criativo.” 
Fonte: Google Imagens
Moderna Para Sempre – A Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú
Data: Até 19 de dezembro
Horário: terça a domingo: 12h às 19h; quinta-feira: 12h às 21h
Local: Centro de Arte Contemporânea e Fotografia Palácio das Artes/ 
Entrada franca
Classificação etária: Livre
Informações: (31) 3236-7400
Fundação Clóvis Salgado
Fonte: Google Imagens

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