quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Positivismo



Fonte: Google Imagens
O Positivismo é uma corrente filosófica do começo do século XIX nascida na França. O principal idealizador do positivismo foi Augusto Comte, francês (1798-1857), criador da teoria dos três estados do conhecimento humano. Comte viveu num tempo intermediário entre o apagar das luzes do iluminismo e a era das grandes generalizações em ciência, um tempo em que o mundo natural parecia acessível à força do intelecto, no culminar do pensamento mecânico da Revolução Industrial. Comte morreu dois anos antes de Darwin publicar A Origem das Espécies, em 1859. Também não viveu o suficiente para ver a publicação de O Capital (1867-1894), por seus contemporâneos Karl Marx e Friedrich Engels, embora tivesse visto o Manifesto Comunista. Esse pequeno contexto histórico ajuda a entender a filosofia de Comte. A ciência moderna acabou com as esperanças de uma realidade universal harmoniosa e ordenada, que pudesse ser traçada a régua e compasso. O determinismo científico ruiu: as leis naturais são meras abstrações e idealizações do intelecto, carecendo de qualquer existência objetiva. O mundo é, confuso, caótico, dominado pelo princípio da incerteza. É assim na física, é assim na sociedade.
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Ele definiu a palavra "positivo" com sete acepções: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático. Significava o real, por oposição ao quimérico, o útil em oposição ao ocioso, a certeza em oposição à indecisão, o preciso em oposição ao vago, o relativo em oposição ao absoluto... Para Comte, o Positivismo é uma doutrina filosófica, política, altruísta, científica e industrial, que tem por objetivo incrementar o progresso do bem-estar moral, intelectual e material. Surgiu como desenvolvimento sociológico do Iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial - processos que tiveram como grande marco a Revolução Francesa (1789-1799). O positivismo acompanhou e estimulou a organização técnico-industrial da sociedade moderna e fez uma exaltação otimista do industrialismo. Nesse sentido, pode-se compreendê-lo como produto da sociedade técnico-industrial que, ao mesmo tempo, a leva esta mesma sociedade a desenvolver-se e consolidar-se. Teve impulso, graças ao desenvolvimento dos problemas econômico-sociais, que dominaram o mesmo século XIX. Sendo grandemente valorizada a atividade econômica, produtora de bens materiais, é natural se procure uma base filosófica positiva, naturalista, materialista, para as ideologias econômico-sociais.
Fonte: Google Imagens
Basicamente, a característica essencial ao positivismo, tal qual o concebeu Comte, é a devoção à ciência. A partir da ciência propunha-se reformular a sociedade para que se obtivesse ordem e progresso. No plano político-social o estado positivo se caracteriza pela passagem do poder material para o controle dos industriais. Assim, Comte afirma que a sociedade dever ser dividida em classes, em dirigentes e dirigidos, como forma de se manter em harmonia na convivência social. Essa visão mostra que Comte considerava a sociedade como um organismo heterogêneo, mas cujas partes deveriam trabalhar solidárias para o bem de todo. Comte assim divide o estudo da estrutura social em dois campos principais: o estudo da ordem social, que ele denomina de estática social e o estudo da evolução da sociedade, que recebe o nome de dinâmica social. Em suma, como doutrina e método, o Positivismo passa a enfrentar a sociedade individualista e liberal, através da ordem e progresso, que Comte considerava fonte principal de todo sistema político. Finalmente teve uma proposta audaciosa de modificar a sociedade através de um novo paradigma social.
Fonte: Google Imagens
O positivismo admite, como fonte única de conhecimento e critério de verdade, a experiência, os fatos positivos, os dados sensíveis. Para Comte, o método positivista consiste na observação dos fenômenos, subordinando a imaginação à observação. A ciência é superior a todo o resto. Daí acreditar o positivismo firmemente no progresso. Trata-se, porém, de um progresso concebido naturalisticamente, quer nos meios quer no fim, para o bem-estar material. O positivismo fica no mesmo âmbito do idealismo e do pensamento moderno em geral, defendendo o absoluto do fenômeno e limita-se à experiência imediata, pura, sensível, como já fizera o empirismo. Daí a sua pobreza filosófica, mas também o seu maior valor como descrição e análise objetiva da experiência - através da história e da ciência. Compreende-se então porque elas são fecundas no campo prático, técnico, aplicado. O Positivismo torna-se doutrina enquanto preconizava que todos os fatos da sociedade devem seguir essa natureza precisa e científica. De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos. O método científico compreende quatro etapas: observação, matematização, suposição e experimentação. Os positivistas não consideram os conhecimentos ligados as crenças, superstição ou qualquer outro que não possa ser comprovado cientificamente. Para eles, o progresso da humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos, sendo que as ciências podem ser classificadas em cinco áreas: Astronomia, Física, Química, Biologia e Sociologia. Comte nega as causas eficientes e finais, o infinito e o absoluto, para reconhecer apenas o relativo, o sensível, o fenomenal e o útil. “Tudo é relativo, e isso é a única coisa absoluta” é o axioma fundamental do Positivismo.
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No "Curso de Filosofia Positiva" Comte formulou a "lei dos três estados" da evolução humana: O estado teológico, em que a humanidade vê o mundo e se organiza a partir dos mitos e das crenças religiosas; O estado metafísico, baseado na descrença em um Deus todo-poderoso, mas também em conhecimentos sem fundamentação científica; e O estado positivo, marcado pelo triunfo da ciência, que seria capaz de compreender toda e qualquer manifestação natural e humana. Passados mais de 150 anos da publicação do "Curso", talvez não fosse necessário dizer que é inerente ao positivismo uma romantização da ciência, que atribuiu ao conhecimento científico uma onipotência não comprovada pela realidade. Atualmente, sabe-se que a ciência não só resolve problemas, como também os cria: veja-se como um exemplo a interferência danosa do desenvolvimento industrial no meio ambiente.
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O Positivismo pode ser considerado uma reação ao Romantismo e ganhou força na Europa na segunda metade do século XIX e começo do XX, período em que chegou ao Brasil. Serviu de embasamento social-filosófico-político para vários movimentos políticos do século XIX como a campanha abolicionista e o advento da República no Brasil. A conformação atual da bandeira é um reflexo da influência positiva.  A frase Ordem e Progresso é inspirado pelo lema de Auguste Comte: L'amour pour principe et l'ordre pour base; le progrès pour but ("Amor como princípio e ordem como base; o progresso como meta"): Ordem, progresso e ciência como religião da humanidade, representando as aspirações a uma sociedade justa, fraterna e progressista. A frase tenta passar a imagem de que cada coisa em seu devido lugar conduziria para a perfeita orientação ética da vida social. O que torna Comte e o Positivismo ultrapassados no contexto atual é sua ênfase no determinismo, na hierarquia e na obediência, sua crença no governo da elite intelectual e sua insistência em desprezar a teologia e a metafísica.
Fonte: Google Imagens

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Existezminimun

Ao final dos anos 1920 na Alemanha, a divulgação das idéias do novo modo de se gerenciar uma casa, aliada à atuação de arquitetos como Bruno Taut gerou como solução a proposta da casa para uma subsistência, ou existência mínima (Die Wohnung für das Existezminimum).



E a culminação disso tudo foi o projeto da conhecida Cozinha de Frankfurt, pela arquiteta austríaca Grette Schütte-Lihotsky22, exibida na Die neue Wohnung und ihs Innesausbau, em 1925, e logo incorporada em diversos projetos residenciais construídos nessa cidade por Ernst May. Trata-se de uma Kochküche, cozinha para se cozinhar, pequena e com uma aura de modernidade que vinha do uso da eletricidade.



A novidade atravessou de volta o Atlântico e, em 1934, o livro Modern Housing, de Catherine Bauer e editado em Nova York saudava a cozinha de Schütte-Lihotsky como uma das grandes conquistas da nova arquitetura (Bullock, 1988:188).



Calatrava leva vidro à baía de Guanabara


Estava eu folheando uma revista enquanto deveria estar trabalhando quando me deparei com a seguinte chamada:
Calatrava leva vidro à baía de Guanabara
Museu do Amanhã, projetado pelo arquiteto espanhol, terá painéis fotovoltaicos móveis

Abaixo, a reportagem completa:

"A partir de janeiro de 2011, a paisagem do Píer Mauá, na baia de Guanabara (RJ) começará a mudar. É nesse mês que começam as obras do Museu do Amanhã, construção de grandes proporções que misturará concreto, aço e vidro em um complexo de dois andares que avança 340m sobre o oceano. 
Fonte: Google Imagens
A obra é criação de Santiago Calatrava, arquiteto espanhol conhecido mundialmente por seus projetos ousados, que abusam de transparências e designs curvilíneos. O vidro é parte essencial do trabalho de Calatrava e, no Museu do Amanhã, não será diferente. Isso poderá ser observado nas grandes abas espalhadas ao longo do teto do museu. 
Fonte: Google Imagens
Recobertas de painéis fotovoltaicos, essas abas se movimentarão de acordo com a posição do sol. Isso irá criar mudanças no aspecto do museu e na própria paisagem da baia, gerando dinamismo e organicidade na arquitetura. A energia captada pelas abas será utilizada para alimentar equipamentos do museu.
Sustentabilidade á vista
E essa não será a única característica sustentável da obra. A própria água da baia será usada no sistema de refrigeração do complexo, alem de ser bombeada para formar um espelho d’agua que circundará o museu. Junto as árvores que serão plantadas nos arredores da obra, o canal aquático servirá para trazer frescor e  sombra ao lugar , além de integrá-lo a natureza. E tem mais: toda a água usada passará por filtros que a devolverão limpa ao mar. 
Fonte: Google Imagens
As atrações do museu serão voltadas à ciência e à tecnologia- um dos passeios deve levar o visitante pelo interior de um átomo. Os dois andares serão ligados por rampas e o complexo ainda contará com loja, café, auditório, restaurante e salas de pesquisa, além das áreas administrativas e salas de exposição. A área do museu será de 12,5 mil m² e o investimento total será de R$130 milhões. Além de Calatrava, o escritório do arquiteto Ruy Rezende dará suporte ao desenvolvimento e a execução do projeto de arquitetura e a coordenação dos projetos complementares. O empreendimento é uma iniciativa da prefeitura do Rio de Janeiro, com realização da Fundação Roberto Marinho, e tem sua inauguração prevista para o segundo semestre de 2012.
Fonte: Google Imagens
Fale com eles: Santiago Calatrava: http://www.calatrava.com/"


A proposta conceitual do projeto do arquiteto Santiago Calatrava de fato será importante para a revitalização do Píer Mauá, que está bastante degradado e abandonado, o que tornará o local mais um ponto turístico no Rio de Janeiro. Pode acontecer também de ser apenas mais uma obra onerosa com o "status" de sustentável e que, a longo prazo, não dê os resultados desejados.
Fonte: Google Imagens
No entanto, fica viabilizada a valorização e recuperação da zona Norte, que concentra, hoje, 42% da população da cidade. Além da intervenção na área portuária, também será abrangida a área do morro do Mosteiro de São Bento. Por ter sido projetado de forma sustentável buscando a valorização dessa área histórica e da paisagem natural, o museu se estende a quase todo o cais, ressaltando a baía. A revitalização também tornará o local mais um ponto turístico para a Copa de 2014 e a Olímpiada de 2016.

Fonte: Calatrava leva vidro à baía de Guanabara, O Vidroplano. Edição 453, Setembro/2010, pág. 43 a 45.

domingo, 17 de outubro de 2010

Marido, Matriz e Filial: Casada sim, traída nunca!

Eu e o Flávio fomos assistir “Marido, matriz e filial: casada sim, traída nunca!”, uma peça com o meu professor do teatro Sidnei Scherman .
Fonte: Teatro do Net
Ele é meu professor de técnica vocal e expressão corporal e é um ótimo ator, como pudemos comprovar.
A peça mostra os “malabarismos” de um homem pra não perder a mulher nem a amante e mostra o ponto de vista dos três a respeito da história. 
Conta com alguns efeitos super bacanas, como o uso de projeção para simular um “cinema”, um jogo de luzes que induz os sentimentos da platéia, sonoplastia bem trabalhada para caracterizar cada cena.
 O espaço escolhido para essa apresentação foi o Teatro Nossa Senhora das Dores, no Floresta (posteriormente irão ocorrer apresentações no Palácio das Artes), que conta com razoável número de lugares e bom isolamento acústico, no entanto, peca no espaço deixado entre uma cadeira e outra: Assim, você não consegue passar através de uma fileira de poltronas se houver alguém sentado; A pessoa precisa levantar e arredar seu encosto pra você passar e ainda relar nela. Tsc tsc tsc... Uma falta de percepção antropométrica inaceitável.
O figurino dos atores foi básico, tipo comum-uso-todo-dia, nada significativamente deslumbrante e havia poucos elementos de cena, somente o suficiente para contar a história.
O que eu mais gosto de observar quando vou ao teatro é como os atores se comportam: sua expressão facial, suas mãos, seu tom de voz, o trabalho criador da preparação da vida de um espírito humano num papel, seu arrebatamento no auge do processo imaginativo...
Fazer teatro é muito bom, você começa a ver “do outro lado”, você amadurece e passa a observar muitas ações e gestos que antes passavam despercebidos.
Quem quiser assistir também é só ficar de olho na programação do Palácio.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ideias, apenas algumas ideias...

Tudo é muito subjetivo e sugere inúmeras possibilidades...

...inclusive de se mudar tudo!!!

Pavilhão antipositivista

Ingredientes:
Cheiro de chuva
Alice no país das maravilhas
Cor
Eventualidade
Profeta
Escada
Sol
Alguma forma peculiar
Cartas
Aconchego
Sofá sem assento
Revistas
Barulho de água
Música
Gosto de infância
Informação
Espontaneidade a gosto

Modo de fazer:
Junte tudo no jardim externo de modo que seja possível acrescentar novos ingredientes, a gosto do freguês. Mexa bem, até que o aconchego dê ponto. Quando começar a borbulhar, retire do fogo e sirva em travessa, prato, copo ou coma na E.A. mesmo acompanhado de cerveja, amigos ou solidão.

Arquitetos idealizadores: Josy, Rita e Pedro Sena.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Quem conta um conto aumenta um ponto...

Ok, não estava chovendo... ainda!!! Mas eu não queria ir embora pra casa... Estava exausta de tantos "Pês": projetos, photoshops, positivismos... e ali, jogada num sofá  que eu mesma montei, ouvindo Leoni pra relaxar, eu me sentia em casa, mesmo depois de me retorcer pra entrar... Simplesmente fui enganada pelas aparências: nunca esperava encontrar um baralho no jardim... Dali eu podia ver a rua colorida através do plástico... podia ouvir o vento balançando as árvores com fúria... podia sentir o cheiro do churrasco que o dono da banca de jornal preparava... Começou a chuviscar: grandes e pesadas gotas que evocavam momentos da minha infância: poças d'água, roupas sujas e castigo dos pais... Estava tão absorta nos meus pensamentos, que nem via chuva realmente começar... Olhei pra fora e não havia ninguém: de repente todo mundo sumiu... ficamos só eu e o profeta... de repente apareceu uma garota encharcada tentando atravessar a superfície plástica como se ela não existisse... apontei pra ela a entrada mas ela demorou pra entender "como" entrar... Já do lado de dentro, vestiu um agasalho, construiu seu assento no sofá, e começou a me contar que quase molhou suas plantas no autocad, imagens do indesign, sketchup... Depois se cansou de conversar e foi ler Hertzberger... Afff... A chuva permaneceu por um bom tempo... depois que acabou, ela foi embora e eu fiquei, pra aproveitar um pouco mais essa experiência inusitada.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Uma experiência com o espaço: Festa do pijama

Eu estava mal. Precisava de alguma “experiência diferente num espaço da cidade” e não tinha nada pra contar. Todos os dias eu prestava atenção pra ver se acontecia alguma coisa... E nada! Era sair de casa, ir pra Vidraçaria, ir pra E.A., voltar pra casa...

Fonte: http://www.flickr.com/photos/arqurb_ufmg/
Então aconteceu no dia em que eu quebrei essa rotina e não voltei pra casa: a noite mais esperada, a Festa do Pijama!!! Não, eu não vou contar o que aprontamos. Quem não foi perdeu-mas pode ver as fotos.

O meu foco será avaliar o uso do espaço público quando não está sendo usufruído para o que foi feito. Difícil? Talvez eu tenha me expressado mal... Continua lendo que mais pra frente você entende.

Quando eu estava no Colegial, os meus professores falavam que nós tínhamos que participar mais da vida escolar, que a escola não tinha função sem os alunos... E naquela noite, quer dizer, uns dois dias depois, eu fiquei pensando em como a Escola de Arquitetura estava diferente sem todo mundo... Assim, os objetos físicos, cadeiras, pranchetas, mactochs, tudo estava lá, mas nós não estávamos utilizando-os.

A Festa era nas dependências da escola; D.A., corredores, jardim interno, sala 134 (pré-estréia, uhu!!!)... Mas não estávamos exercendo a função pré-determinada daqueles objetos. A sensação era quase criminosa: sussurros, coração acelerado, andando na ponta dos pés pra não fazer barulho, encostados na parede pra evitar as poucas luzes acesas, fugindo do porteiro... Por quê? Não estávamos fazendo nada de errado e, no entanto, a situação vivida no espaço da escola não era esperada para o “espaço da escola”.

Sem a luz do dia, os alunos, os professores, a D. Lurdes e a Cantina aberta, as pessoas passando conversando, rindo, tocando violão a Escola de Arquitetura deixa de ser “Escola de Arquitetura” pra se tornar apenas mais um prédio no Funcionários, com seus objetos que poderiam se transformar no que quiséssemos. 
Fonte: Google Imagens
 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Primeira vez


Aiii... que emocão!!!
Minha primeira experiência com o photoshop (depois de muitas tentativas, claro!)
Mas, como tudo o que é bom dura pouco (e essa imagem nem ficou lááá essas coisas...) vou continuar fucando até ficar expert!!!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Referência 02 para o pavilhão antipositivista


Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens

Pombal de estúdio (estúdio para artistas visuais em Snape Maltings), Suffolk - Reino Unido (2009). Arquitetura, Tompkins Haworth. Fotografias, Vile Philip.

Esse projeto trata da recuperação dos restos de uma torre (que entrou em colapso no início dos anos 70, após um longo período de abandono) para ser usado como estudo para artistas visuais.

As atividades de reabilitação têm incluído as ruínas e construir preencher a lacuna através da inserção de um edifício "novo" limitado a reproduzir o volume do loft.


Escolhi esse projeto porque ele pode ser uma inspiração para o nosso recém-recebido projeto. As formas triangulares e os volumes são bastante sugestivos e inspiradores.

estúdio de Pombal - Haworth Tompkins (descrição e fotos)
estúdio de Pombal - beta canal (texto do artigo, com fotos e desenhos)

Referência 01 para o pavilhão antipositivista

Quando eu bati o olho nesse pavilhão pensei: Ohhh!!!
Gente, eles se inspiraram na minha idéia!!!
rsrsrs

Fonte: Google Imagens


Comunity recipiente, Chengdu - China (2009). Arquitetura sparcher Alsop. Fotografias, alsopsparch.com.

Esse é um "container comunidade",  criado com o objetivo de proporcionar" centros comunitários "para os vizinhos para se divertirem, estudarem, interagirem...

Fonte: Google Imagens

Para isto há um conjunto de três tipos diferentes de módulos para o centro de saúde, biblioteca e centro comunitário, a partir da estrutura básica de um contêiner.

Este projeto tem alguns aspectos semelhantes com os quais o meu grupo pensou para um pavilhão positivista como o formato geométrico, as cores e os múltiplos usos.

Nesse link tem um pdf muito legal mostrando as várias facetas desse projeto.

+ Crecipiente omunity - Handson Chengdu (descrição com imagens e desenhos em formato pdf)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Vocês não podem perder!!!

Nem eu, mas acho que não posso ir...


Curso de Arquitetura e Urbanismo
Centro Universitário Metodista IzabelaHendrix





PALESTRA do arquiteto
Richard Meier


                                          
 
06 outubro de 2010 | quarta-feira |13:30hs Teatro Izabela Hendrix  |rua da Bahia 2020, funcionários|

sábado, 2 de outubro de 2010

Le Corbusier

Fonte: Google Imagens
Charles-Edouard Jeanneret-Gris, mais conhecido como Le Corbusier, foi um arquiteto, urbanista e pintor francês de origem suíça. É considerado juntamente com Frank Lloyd Wright, Alvar Aalto, Mies van der Rohe e Oscar Niemeyer, um dos mais importantes arquitetos do século XX. Foi um arquiteto que constituiu um marco muito importante no desenvolvimento da arquitetura moderna. Dedicou todo o seu talento e energia à criação de uma nova e radical forma de expressão arquitetônica.
Le Corbusier teve um percurso artístico muito sobressaltado. Passou por muitas fases e renegou algumas das suas convicções iniciais. A sua postura na arquitetura passava muito pela ação/intervenção: formulação de teses e imediata aplicação em projetos, como a Villa Savoye, o Bloco de Marselha, o Convento de La Tourette... Mas muitos ideias ficaram no papel: em desenhos, como o Plano Voisin, a Ville Radieuse, o Plano Obus para Argel, ou em escritos. Note-se que algumas das suas teorias foram responsáveis por muitos dos males que afligiram e afligem as nossas arquiteturas e as nossas cidades: a teoria do zoneamento como forma de organização do território; os blocos habitacionais sobre pilares no meio da “Natureza”; a arquitetura/receita para qualquer lugar do planeta...
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Le Corbusier foi um dos criadores dos CIAM. Lançou, em seu livro Vers une architecture (Por uma arquitetura), as bases do movimento moderno de características funcionalistas. Sua pesquisa baseada nas necessidades humanas revolucionou (juntamente com a atuação da Bauhaus na Alemanha) a cultura arquitetônica do mundo inteiro. Sua obra, ao negar características histórico-nacionalistas, abriu caminho para o international style, que teria representantes como Mies van der Rohe, Walter Gropius, e Marcel Breuer. Sua influência estendeu-se principalmente ao urbanismo. Foi um dos primeiros a compreender as transformações que o automóvel exigiria no planejamento urbano. A cidade do futuro, na sua perspectiva, deveria consistir em grandes blocos de apartamentos assentes em pilotis, deixando o terreno fluir debaixo da construção, o que formaria algo semelhante a parques de estacionamento. Defendia que, "por lei, todos os edifícios deviam ser brancos", criticando qualquer esforço artificial de ornamentação. Suas estruturas foram largamente criticadas por serem monótonas. A cidade de Brasília foi concebida segundo as suas teorias.

Entre as contribuições de Le Corbusier à formulação de uma nova linguagem arquitetônica para o século XX se encontram os cinco pontos, formalizados no projeto da "Villa Savoye": Construção sobre pilotis; Terraço-jardim; Planta livre da estrutura; Fachada livre da estrutura e Janela em fita.
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A importância de Le Corbusier advém, em grande parte, das viagens que fez a várias partes do mundo, em que entrou em contato com estilos diversos, de épocas diversas. Da visita a Itália, a influência mais marcante será a Cartuxa de Ema. Fica impressionado pela forma como a organização do espaço expressa as suas preocupações sócio-políticas. Em La Chaux-de-Fonds fará a aplicação prática das sua reflexões em relação a esta viagem, através de um projeto para uma escola de artes com ideias socialistas, em que sintetizou um modelo "clássico" de arquitectura segundo as suas ideias de funcionalidade. Em 1910, Corbu (diminutivo muito usado) vai para a Alemanha, onde estuda os novos movimentos de artes aplicadas e escreve o "Estudo sobre o movimento de arte decorativa na Alemanha". Em Berlim que entrará em contacto com Peter Behrens, Walter Gropius e Mies Van der Rohe (algumas das figuras principais do Deutsche Werkbund). Em 1911, ainda na Alemanha, encontra-se com Heinrich Tessenow, autor da cidade jardim de Hellerau que influenciou suas obras Villa Jeanneret Perret (1912) e o Cinema Scala (1916).  Em maio desse ano parte para a  "voyage d'Orient" acompanhado pelo seu amigo Auguste Klipstein. Ao longo desta viagem irá desenvolver a sua perspectiva pessoal sobre a arte arquitectónica. A Villa Schwob, em La Chaux-de-Fonds, chamada popularmente de "Villa Turca" é o exemplo mais flagrante, chegando a insinuar a existência de um harém. Os seus célebres "cinco pontos para uma nova arquitetura" estão claramente influenciados pelas referência orientais O uso da fachada livre e da planta livre  advém de um átrio central que marca e determina a circulação e a disposição dos espaços e fachadas. Os próprios terraços, como na Villa Savoye são reminiscências da arquitectura do norte da África. As suas noções de clareza das superfícies e precisão na disposição dos volumes, que estarão presentes no purismo, são também já pressentidos por Corbusier neste género de arquitectura tradicional.  Paredes brancas e estudos sobre a posição estratégica dos monumentos islâmicos em relação à topografia colaboram para as suas concepções sobre a forma como a arquitectura se relaciona e encoraja essa relação com a natureza. A viagem à América do Sul foi inserida na altura em que desenvolvia o projecto da sua Ville Radieuse, e proporcionou-lhe a experiência de ver o Rio de Janeiro a partir do ar. A disposição da cidade, entalada entre o mar e o relevo escarpado de origem vulcânica sugeriu-lhe a ideia de uma cidade-viaduto (cidade linear). Este género de cidade foi, depois, adoptado por arquitetos vanguardistas, defensores da anarquia, como Yona Friedman e Nicolaas Habraken.

Entre seus projetos mais famosos se encontram:
Villa Savoye
Unidades de Habitação - Construção modularizada e estudo das proporções humanas aplicadas ao projeto de edificações (O modulor).
Conjunto de edifícios-sede da Organização das Nações Unidas - Um dos representantes máximos do International style.
Palácio da Assembléia em Chandigarh, 1953. Adotação de um partido mais brutalista em seus projetos.
Chapelle Notre-Dame-du-Haut - capela em Ronchamp, França, 1955.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Team X

É um grupo (sem vínculo formal) de jovens arquitetos modernos que iniciaram uma crítica aos preceitos dos CIAM, principalmente em relação ao urbanismo, ao contestar a famosa Carta de Atenas de Le Corbusier.
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Entre seus membros mais assíduos e importantes estiveram Jaap Bakema, Georges Candilis, Aldo van Eyck, Giancarlo De Carlo, Alison e Peter Smithson e Shadrach Woods. O grupo formava uma "geração mais jovem" que pretendia manter o espírito do CIAM através de uma revisão crítica.
Alguns críticos incluem entre o grupo os nomes: José Coderch, Ralph Erskine, Amancio Guedes, Rolf Gutmann, Geir Grung, Oskar Hansen, Charles Polonyi, Brian Richards, Jerzy Soltan, Oswald Mathias Ungers, John Voelcker e Stefan Wewerka, entre outros.

O Team X propôs recolocar nos projetos o homem real das ruas no lugar do Modulor, homem ideal, de Le Corbusier e da “velha guarda” dos CIAM. As questões das diferenças individuais passaram a ser estudadas no lugar do coletivo ideal. A idéia principal era de devolver a cidade a seus habitantes. Em oposição clara à carta, que pretendia eliminar as diferenças e conflitos da cidade moderna, esses arquitetos querem mostrar que são exatamente essas diferenças e conflitos que tornam as cidades lugares mais sedutores.

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CIAM

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Os Congressos Internacionais da Arquitetura Moderna (do francês Congrès Internationaux d'Architecture Moderne) constituíram uma organização e uma série de eventos organizados pelos principais arquitetos modernos europeus a fim de discutir os rumos da arquitetura, do urbanismo e do design para difundir os princípios do Movimento Moderno, com foco em todos os domínios, como a paisagem, desenho industrial, etc..
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Os CIAM foram fundados em 1928, na Suíça, por um grupo de 28 arquitetos organizados por Le Corbusier, Hélène de Mandrot e Sigfried Giedion. O CIAM foi um dos muitos manifestos do século 20 que pretendeu avançar a causa da "arquitetura como arte social". Outros membros fundadores eram Karl Moser, Hendrik Berlage, Victor Bourgeois, Pierre Chareau, Josef Frank, Gabriel Guevrekian, Max Ernst Haefeli, Hugo Häring, Arnold Höchel, Huib Hoste, Pierre Jeanneret (primo de Le Corbusier), André Lurçat, Ernst May, Fernando García Mercadal, Hannes Meyer, M. Werner Moser, Carlo Enrico Rava, Gerrit Rietveld, Alberto Sartoris, Hans Schmidt, Mart Stam, Rudolf Steiger, Syrkus Szymon, Robert Von der Mühll-Henri, e Juan de Zavala. Outros membros posteriores incluíram Alvar Aalto, Uno Ahren, Louis Herman De Koninck, Fred Forbát e Hamilton Harwell Harris.
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Os CIAM foram responsáveis por discussões e pesquisas inéditas até então, como a busca da residência mínima e o design para as massas, que revolucionaram o pensamento estético, cultural e social do período, além da definição daquilo que costuma ser chamado international style: introduziram e ajudaram a difundir uma arquitetura considerada limpa, sintética, funcional e racional.
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A organização foi muito influente. Não foi apenas empenhada em formalizar os princípios da arquitetura do Movimento Moderno, mas também viu a arquitetura como um instrumento político e econômico que poderia ser usada pelo poder público para promover o progresso social, melhorar o mundo através do desenho de edifícios e do planejamento urbano. Por quase trinta anos, as grandes questões da vida urbana e dos espaços foram discutidos pelos membros da CIAM. Os documentos que produziu, e as conclusões a que chegou, tiveram uma enorme influência sobre a forma de cidades e vilas em todo o mundo.
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A Declaração de La Sarraz, por exemplo, afirmou que a arquitetura não podia mais existir em um estado isolado separado dos governos e da política e que as condições econômicas e sociais afetavam fundamentalmente os edifícios do futuro. A declaração também afirma que a sociedade se tornou mais industrializada, que era vital que os arquitetos e a indústria da construção racionalizassem seus métodos, abraçassem novas tecnologias e lutassem por uma maior eficiência. (Le Corbusier gostava de comparar a eficiência padronizada da indústria automóvel com a ineficiência do setor da construção: o caos das ruas, lojas e casas que existiam nas cidades européias versus uma cidade zoneada, composta por moradias padronizadas e diferentes áreas de trabalho, casa e lazer.).
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O 4º CIAM, de 1933 foi realizado a bordo do navio, o SS Patris II, que partiu de Marselha para Atenas e consistiu em uma análise de 33 cidades para propor que seus problemas sociais poderiam ser resolvidos pela segregação estritamente funcional, bem como a distribuição da população em prédios altos em intervalos espaçados com cinturões verdes que separam cada zona da cidade. Aqui, o grupo discutiu concentrado em princípios de "A cidade funcional", que alargou o âmbito da CIAM da arquitetura no planejamento urbano. 
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Os resultados foram publicados de 1933 até 1942, quando Le Corbusier escreveu "A Carta de Atenas". A Carta não foi efetivamente publicada em 1943, e sua influência seria profundo sobre as autoridades públicas na Europa pós-guerra. Este documento é um dos mais controversos já produzidos pela CIAM. A Carta praticamente definiu o que é o urbanismo moderno, traçando diretrizes e fórmulas que, segundo seus autores, são aplicáveis internacionalmente. A Carta considerava a cidade como um organismo a ser planejado de modo funcional e central, na qual as necessidades do homem devem estar claramente colocadas e resolvidas. Entre outras propostas revolucionárias da Carta está o de que todo a propriedade de todo o solo urbano da cidade pertence à municipalidade, sendo, portanto, público.
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A cidade de Brasília, cujo plano piloto é de autoria do arquiteto e urbanista Lúcio Costa é considerada como o mais avançado experimento urbano no mundo que tenha aplicado integralmente todos os princípios da Carta.
Fonte: Google Imagens
Com a revisão do movimento moderno empreendido a partir dos anos 70, os CIAM e todo o seu ideário passaram a ser duramente criticados, seja pela dita "monotonia" das paisagens urbanas por ele criadas, seja pelo fato de a Carta alegadamente exagerar na quantificação das necessidades dos indivíduos. Experiências diversas ao redor do mundo que adotaram os ideais modernos em geral tenderam a criar "espaços-de-ninguém", nos quais a definição entre o espaço público e o espaço privado não fica clara, fazendo com que todo o espaço que teoricamente é de todos, passe a não ser de ninguém. Os críticos dos CIAM alegam que seus autores foram ingênuos ao confiar exageradamente nas possibilidades do estado de bem-estar social. Ainda segundo eles, os CIAM, acreditando no poder mediador do Estado, ignoravam o aspecto conflitivo essencial à sociedade, propondo um mundo que não se encaixa nem no capitalismo nem no socialismo.
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Não demorou os arquitetos questionarem as conclusões em Atenas, e se preocuparem sobre a esterilidade da cidade imaginada pelo CIAM. Alison e Peter Smithson foram chefes dos dissidentes. Como os membros da CIAM percorreram o mundo após a guerra, muitas de suas idéias se espalharam e foram adotadas no planejamento da reconstrução da Europa após a II Guerra Mundial. Quando aplicado, muitas dessas idéias foram comprometidas por fortes restrições financeiras, má compreensão dos conceitos, ou de resistência popular. Três anos antes eles haviam descrito as suas preocupações: “O homem pode facilmente identificar-se com o seu próprio lar, mas não é fácil com a cidade na qual está colocado.”. Os Smithsons preocupados que a cidade ideal proposta pelo CIAM conduziria ao isolamento e discriminação da comunidade, assim como os governos europeus estavam se preparando para construir torres em suas cidades em ruínas.
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A última reunião do CIAM foi realizada em 1956. Em meados da década de 1950 ficou claro que a aceitação oficial do Modernismo foi mais forte do que nunca, e ainda as preocupações manifestadas pelo Smithsons e seus aliados de que o movimento estava em perigo de criar uma paisagem urbana que era hostil a harmonia social, aumentaria a um crescendo nas décadas por vir. A organização CIAM dissolvida em 1959, pois os pontos de vista dos membros divergiram. Para uma reforma do CIAM, o grupo Team 10 foi ativo a partir de 1953, e dois diferentes movimentos surgiram a partir dele: o Novo Brutalismo dos membros ingleses (Alison e Peter Smithson) e do estruturalismo dos membros holandeses (Aldo van Eyck e Jacob B. Bakema).
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A demolição do conjunto residencial de Pruitt-Igoe em St. Louis, Missouri, nos EUA é considerada por muitos como o golpe fatal ao modernismo dos CIAM. O Pruitt-Igoe foi um premiado projeto residencial da década de 1950 que testemunhou elevações preocupantes na taxa de violência interna e durante 20 anos passou por um grave processo de degradação. Na década de 1970 o conjunto foi demolido por ordem judicial, em um processo apoiado pela comunidade que ali vivia. Este episódio é também considerado como o ponto de início do Pós-Modernismo.
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Os CIAM foram: 
1928-I CIAM, La Sarraz, Suíça, Fundação dos CIAM 
1929-II CIAM, Frankfurt am Main, Alemanha, A habitação mínima
1930-III CIAM, em Bruxelas, na Bélgica, Uso racional do solo para o Desenvolvimento 
1933-IV CIAM, Atenas, na Grécia, A Cidade Funcional
1937-V CIAM, Paris, França, Habitação e Recuperação 
1947-VI CIAM, Bridgwater, Inglaterra, A reconstrução das cidades
1949-VII CIAM, Bergamo, Itália, Arte e arquitetura
1951-VIII CIAM, Hoddesdon, Inglaterra, O Coração da Cidade
1953-IX CIAM, Aix-en-Provence, França, Habitat
1956-X CIAM, Dubrovnik, na Iugoslávia, Habitat
1959-Otterlo, Países Baixos, Dissolução do CIAM organizado pelo Team X
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