quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Quem conta um conto aumenta um ponto...

Ok, não estava chovendo... ainda!!! Mas eu não queria ir embora pra casa... Estava exausta de tantos "Pês": projetos, photoshops, positivismos... e ali, jogada num sofá  que eu mesma montei, ouvindo Leoni pra relaxar, eu me sentia em casa, mesmo depois de me retorcer pra entrar... Simplesmente fui enganada pelas aparências: nunca esperava encontrar um baralho no jardim... Dali eu podia ver a rua colorida através do plástico... podia ouvir o vento balançando as árvores com fúria... podia sentir o cheiro do churrasco que o dono da banca de jornal preparava... Começou a chuviscar: grandes e pesadas gotas que evocavam momentos da minha infância: poças d'água, roupas sujas e castigo dos pais... Estava tão absorta nos meus pensamentos, que nem via chuva realmente começar... Olhei pra fora e não havia ninguém: de repente todo mundo sumiu... ficamos só eu e o profeta... de repente apareceu uma garota encharcada tentando atravessar a superfície plástica como se ela não existisse... apontei pra ela a entrada mas ela demorou pra entender "como" entrar... Já do lado de dentro, vestiu um agasalho, construiu seu assento no sofá, e começou a me contar que quase molhou suas plantas no autocad, imagens do indesign, sketchup... Depois se cansou de conversar e foi ler Hertzberger... Afff... A chuva permaneceu por um bom tempo... depois que acabou, ela foi embora e eu fiquei, pra aproveitar um pouco mais essa experiência inusitada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário