Fonte: http://www.flickr.com/photos/arqurb_ufmg/ |
O meu foco será avaliar o uso do espaço público quando não
está sendo usufruído para o que foi feito. Difícil? Talvez eu tenha me
expressado mal... Continua lendo que mais pra frente você entende.
Quando eu estava no Colegial, os meus professores falavam
que nós tínhamos que participar mais da vida escolar, que a escola não tinha função sem os alunos... E naquela noite, quer
dizer, uns dois dias depois, eu fiquei pensando em como a Escola de Arquitetura
estava diferente sem todo mundo... Assim, os objetos físicos, cadeiras,
pranchetas, mactochs, tudo estava lá, mas nós não estávamos utilizando-os.
A Festa era nas dependências da escola; D.A., corredores,
jardim interno, sala 134 (pré-estréia, uhu!!!)... Mas não estávamos exercendo a
função pré-determinada daqueles objetos. A sensação era quase criminosa:
sussurros, coração acelerado, andando na ponta dos pés pra não fazer barulho,
encostados na parede pra evitar as poucas luzes acesas, fugindo do porteiro...
Por quê? Não estávamos fazendo nada de errado e, no entanto, a situação vivida
no espaço da escola não era esperada para o “espaço da escola”.
Sem a luz do dia, os alunos, os professores, a D. Lurdes e a
Cantina aberta, as pessoas passando conversando, rindo, tocando violão a Escola
de Arquitetura deixa de ser “Escola de Arquitetura” pra se tornar apenas mais
um prédio no Funcionários, com seus objetos que poderiam se transformar no que
quiséssemos.
Fonte: Google Imagens |
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