segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Um apanhado geral

Aproveitando nossas ultimas aulas resolvi postar sobre o modernismo.

Não a modernidade, aquela originada no séc. XV, mas os movimentos modernistas: uma designação beeem genérica da arquitetura produzida no séc. XX.
Essas definições homogêneas não caracterizam um ideário moderno único: suas características podem ser encontradas na Bauhaus, em Le Corbusier, Frank Lloyd Wright e por aí vai...
Todas essas fontes convergiram para o CIAM (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna) e formularam alguns axiomas do modernismo como “A casa é uma maquina de morar” de Le Corbusier.



A Villa Arpell, casa-cenário do filme Mon Oncle, representa esse lema: é uma arquitetura regular, limpa, clara, ascética, que desassocia o individuo do todo num ambiente quase hospitalar.
Utiliza vedações em vidro, pois “Tudo se comunica” o que para Le Corbusier (essa clareza das superfícies e precisão na disposição dos volumes) era uma manisfestação da própria natureza.

Discordo dessa visão. Morar na Villa Arpell deveria ser muito superficial. A casa, muito influenciada pelo positivismo, tornava o morar impessoal e mecânico, como o lema positivista “Ordem e Progresso”, estampado em nossa bandeira.

Para Comte, idealizador do positivismo, para um futuro de progresso seria necessário subsumir o individuo, o que torna os Arpell uma família-modelo, perfeita para uma casa-modelo, que se projeta para o futuro, desvinculada de valores do passado, tal qual propunha o modernismo.

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