quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Arquitetura Moderna

A fase da modernidade que desaguaria no modernismo como um amplo movimento artístico teve início após a “Primavera dos Povos” que atingiu a Europa. De lá até os primeiros anos do século XX, além das contundentes transformações econômicas, sociais e políticas, houve uma produção intelectual intensa e inovadora. As idéias de Charles Darwin, Karl Marx, Sigmund Freud e Friedrich Nietzsche, aliadas ao ambiente de efervescência da nova vida urbana que emergia, impulsionaram uma arte que representasse essa fase da modernidade. Daí surgiu o modernismo. O historiador Leonardo Benevolo traça a gênese histórica do moderno em uma série de movimentos ocorridos em meados do século XIX, como o Arts & Crafts.
Fonte: Google Imagens
A arquitetura foi a disciplina integral à qual se subordinaram as outras artes gráficas e figurativas, reafirmando o aspecto decorativo dos objetos de uso cotidiano, mediante uma linguagem artística repleta de curvas e arabescos, de acentuada influência oriental. A arquitetura moderna caracteriza a arquitetura produzida especialmente entre as décadas de 10 e 50, inserida nesse contexto cultural. Uma arquitetura bastante diferenciada devido a expansão geográfica e convergida no CIAM. O International Style traduz esta posição de convergência. Com a criação da noção de que os preceitos da arquitetura moderna seguiam uma linha única e coesa, tornou-se mais fácil a sua divulgação e reprodução pelo mundo. Uma outra vertente, de origem norte-americana, é relacionada à Frank Lloyd Wright e referida como arquitetura orgânica.
O Modernismo revolucionou as artes visuais e a arquitetura. O que importava era o cotidiano da vida contemporânea, mostrar nas pinturas e esculturas como o artista percebia a realidade dentro da mais pura abstração. No lugar das construções ornamentadas que reciclavam o passado, surge uma arquitetura aerodinâmica e despojada, inspirada nas máquinas e inventora dos arranha-céus. A tradição e todas as suas regras e convenções foram atacadas pelos artistas modernistas, que proclamaram que qualquer tema e forma eram válidos.
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Na arquitetura, o modernismo se caracterizou pela estrita coerência entre as formas sinuosas das fachadas e a ondulante decoração dos interiores. Adotou-se a chamada construção honesta, que permitia vislumbrar vigas e estruturas de ferro combinadas com cristal. Dentro dessa arquitetura modernista existiram duas tendências: as formas sinuosas e orgânicas, de um lado, e as geométricas e abstratas, precursoras da futura arquitetura racionalista, de outro. O aço, a necessidade de verticalização dos espaços urbanos, a demanda pelos prédios de escritórios e a invenção do elevador foram alguns dos elementos que impulsionaram um novo design para as construções, mais limpo, tecnológico e geométrico.
Na Alemanha, surgiu a Bauhaus, uma revolucionária escola de desenho que inovaria os conceitos arquitetônicos com seus prédios em formato de caixas de vidro.
Em Barcelona, o arquiteto catalão Antoni Gaudí (1852-1926) revolucionou a arquitetura com uma obra totalmente simbolista e natural, constituindo por si só um estilo. Gaudí foi um pioneiro de melhorias estruturais modernas na construção de edifícios. As fantasmagóricas sacadas da Casa Batlló estão entre os exemplos mais brilhantes do estilo de Gaudí, que funde elementos medievais, desenhos de plantas e animais e inúmeras curvas sinuosas.
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Na França e na Bélgica, os elegantes edifícios de ferro, cristal e mosaicos de Hector Guimard e Victor Horta criavam espaços de uma força lúdica irresistível. Entendido como movimento integral, que combinou todas as formas das artes decorativas, às vezes é difícil separar no modernismo os elementos exclusivamente arquitetônicos dos ornamentais. Não se deve esquecer que muitos arquitetos não só faziam a decoração de seus edifícios como também desenhavam os móveis.
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Victor Horta soube combinar com grande elegância seus conhecimentos de ferreiro, arquiteto e decorador projetando a Casa Tasell, em Barcelona. Enquanto isso, os americanos inauguravam o século XX com os primeiros arranha-céus do arquiteto Louis Henry Sullivan e seu discípulo Frank Lloyd Wright.
Viena representou quase com exclusividade a corrente mais racionalista no modernismo. Os arquitetos Otto Wagner e Joseph Maria Olbrich retiraram suas formas do rigoroso gótico inglês e do inovador e visionário arquiteto escocês Carles Rennie Mackintosh. Desta forma, conseguiram uma construção volumétrica, de formas retangulares, com uma ornamentação bem dosada, embora sem chegar ao extremo de seu contemporâneo Loos, que considerava a decoração uma aberração arquitetônica.
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Nos Estados Unidos, dois arquitetos revolucionaram os espaços de morar e trabalhar: Louis Sullivan e Frank Lloyd Wright. A partir da idéia de que menos é mais o arquiteto alemão Mies van der Rohe projetou estruturas com molduras de aço e vidros. Inspirado pelo cubismo e por seu fascínio pelas máquinas, o arquiteto suiço Le Corbusier com suas construções em forma de caixa, austeras e sem ornamentação alguma, e sua crença no planejamento urbano sintetizou muitas das idéias modernistas na arquitetura da primeira metade do século 20. Uma máxima que se tornou uma grande caricatura do modernismo é a forma segue a função ("form follows function", do arquiteto proto-moderno Louis Sullivan, também traduzida como forma é função).
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Um dos princípios básicos do modernismo foi o de renovar a arquitetura e rejeitar toda a arquitetura anterior ao movimento, rompendo com a história. Este aspecto foi criticado pelo pós-modernismo, que utiliza a revalorização histórica como um de seus motes. Outra bandeira dos modernos é a rejeição dos estilos históricos principalmente pelo que acreditavam ser a sua devoção ao ornamento, ao supérfluo e ao superficial. Produzir uma arquitetura sem ornamentos era criar espaços e objetos abstratos, geométricos e mínimos. Outra característica importante eram as idéias de industrialização, economia e a recém-descoberta noção do design. Os edifícios deveriam ser econômicos, limpos, úteis.
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Devido ao forte crescimento demográfico na Europa no século XIX e o rápido e crescente processo de industrialização houve o deslocamento populacional para as grandes cidades, inchando-as rápidamente.  Esta pressão populacional aumentou as cidades em direção à sua periferia, mas também aumentou a densidade próxima ao centro. Esta maior densidade no núcleo das cidades transformou-se na verticalização dos prédios. O ferro aliado às novas técnicas de engenharia produzindo sistemas em treliça leves e resistentes permitiu criar estruturas cada vez maiores e mais ousadas, como longas pontes com grandes vãos-livres e grandes cúpulas. Outra vantagem foi a agilidade no processo da montagem. Outro material fruto do processo de industrialização e agora produzido em larga escala foi o vidro. Outras obras que se destacam são: o Palácio de Cristal em Londres, a torre Eiffel.
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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Plano Voisin

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Le Corbusier começou a imaginar a cidade sob a influência de duas tecnologias do séc. XX: o carro e o cinema. Seu Plano Voisin para Paris foi nomeado para a empresa automobilística que financiou o projeto. E sua Villa Savoye, foi concebido para o automóvel, pois no plano, o raio da curva no piso térreo, foi exatamente o raio do círculo de viragem de um Citroen. Foi um gesto muito preciso e deliberada arquitetônico para o impacto da tecnologia e da mídia em um edifício em particular, e de urbanismo em geral.
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Foi essa necessidade de uma cidade moderna que suprisse os anseios de seus habitantes e que fosse adaptada ao acelerado crescimento populacional existente na época, que fez com que na primeira metade do séc. XIX, começassem a surgir as primeiras propostas revolucionárias de criação e organização das cidades.
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A proposta apresentada por Le Corbusier ficou conhecida como “Plan Voisin” e assim como os outros que surgiram, tinha como meta uma cidade que representasse o “espírito da época”, que respondesse aos anseios do homem da nova era que se iniciava.
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Para o autor, na cidade moderna deveria existir separação entre os usos, grandes áreas livres, unidades de vizinhança, separação entre veículos e pedestres, etc.
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E nessa perspectiva, ele propõe a construção de um centro comercial com torres isoladas. Essas torres seriam dispostas em um plano ortogonal ocupando uma importante área do centro da capital francesa, a margem direita do Rio Sena. Esse plano possuiria apenas duas artérias de circulação que possibilitaria o trânsito de automóveis. E as demais áreas do centro, seriam de circulação exclusiva para pedestres. Além da organização do centro administrativo, o plano também previa habitações com áreas verdes e distinção de classes.
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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fenomenologia

Do grego phainesthai significa "o estudo do que se mostra". Foi fundada pelo filósofo alemão Edmund Husserl e tem como objeto de estudo o fenômeno, ou seja, as coisas como elas são e não o que é dito sobre elas. A fenomenologia busca a interpretação do mundo, através da consciência do sujeito, baseada nas próprias experiências. Isso é o que Husserl denomina de método fenomenológico, que consiste em estudar o fenômeno, tal como o sujeito o percebe, sem interferências de outras observações, permitindo a abstração da realidade e o estudo do fenômeno em si da maneira que o observador o vê.
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Inhotim é o máximo!!!

Inhotim é bom d+++!!! Reúne um dos principais acervos de arte contemporânea do mundo (obras de arte a céu aberto e galerias) e um dos maiores acervos de espécies vegetais do Brasil, cinco lagos ornamentais e uma coleção de Palmeiras, Aráceas e Orquídeas.


Inhotim, aí vamos nós!!!


Fui visitar o Inhotim com o Flávio como "sugestão" dos professores da Oficina.


Lá é muito grande e muito bonito... O roteiro foi +- assim:



Nossa 1ª galeria!!! Logo na entrada tinha uma obra do Alexandre da Cunha, a Public Sculpture, feita de tubos de concreto e espuma amarela. Tinha também uma obra da Janine Antoni, Swoon, 1997, que eram alto-falantes, um vídeo-instalação de uma apresentação de balé, um espelho e uma cortina. Essa obra era o máximo, eu e o Flávio ficamos imitando os bailarinos até ouvir uns risinhos e descobrir que quem estava do outro lado podia nos ver... vergonha... Mas a obra que com certeza nós dois mais gostamos foi a Forty Part Motet de 2001, da Janet Cardiff. Era uma instalação sonora com 40 canais. Cantada pelo Salisbury Cathedral Choir, Thomas Tallis, compositor inglês do séc. XVI, compôs “Spem in alium numquam habui” para a comemoração do aniversario da Rainha Elizabeth Primeira, em 1575. O moteto (um tipo de composição polifônica medieval) para oito coros de cinco vozes trata de humildade e transcendência, temas importantes para o compositor católico numa época em que a fé católica era reprimida pelo estado soberano da Inglaterra. Os microfones eram individuais e cada voz (baixo, barítono, tenor e soprano infantil) era gravada separadamente e conforme íamos percorrendo a galeria íamos percebendo as diferentes combinações e harmonias.



Jarbas Lopes


Obras no jardim...


Aráceas



Desvio para o vermelho
Tinha um quarto vermelho muito tenso...
Através vidro
Glove Trottery malha de aço inoxidável e bolas de vários tamanhos, cores e materiais



Quase abandonada: primeiro nós tentamos visitar, mas estava fechado, depois voltamos e estava aberto com uma mulherzinha com uma cara pééésima...




Viagem retirante
Viagem cientifica
Alexandre Pessoli
II Caduto
Aço, alumínio, madeira, cerâmica, tecido, tinta, seda e lã.
Guerra



Tamboril...



Do lado do Restaurante e do Bar do Ganso, essa galeria quase passou despercebida...




Obra toda feita com fios de cobre e imãs...


Vandário


Cildo Meireles

Jardins...


Perdidos...


Meio sombria...


Parada para o almoço no Restaurante Oiticica!!!


Hélio Oiticica

 Obra externa



Palmeiras


Edgard de Souza


Burle Marx é o cara!!!



Fiquei olhando do outro lado do lago pra essa galeria e lembrando o filme “A casa do lago”...




Essa galeria fica suuuper longe, tem que subir um mega morro pra chegar!!! O Flávio quase teve que me carregar...



Só para maiores de 18 anos...


Jardim....

Ficaram faltando a Galeria Adriana Varejão e a Galeria Cosmococa, duas que o guardinha disse que eram TOP, mas não deu tempo de ver...  A Valeska Soares, o Galpão Cardiff & Miller, a Matthew Barney e a Doueng Aitk. Todo mundo voltou falando da Cosmococa, só por que eu não vi, parece que eu nem fui a Inhotim... =(
Mas eu recomendo e até vou voltar  lá, com mais calma pra aproveitar melhor, porque Inhotim é TDB!!!
Dá uma olhadinha no site: www.inhotim.org.br
Se você quiser ir: Rua B, 20, Inhotim, Brumadinho, 35460-000, MG, Brasil
Funciona 4ªs, 5ªs e 6ªs de 09h30min às 16h30min e Sábados, Domingos e Feriados de 09h30min às 17h30min.
Mais informações+553132270001
info@inhotim.org.br


"Por que visitar: é o maior centro de arte contemporânea do Brasil. Instalado em um parque de mata nativa, tem 45 hectares de jardins, alguns projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994). Em meio ao verde, há dez galerias que reúnem obras de artistas nacionais como Cildo Meireles, Vik Muniz e Adriana Varejão e internacionais como Olafur Eliasson e Doris Salcedo. Ainda promove exposições temporárias.
O que abordar com seu filho: a relação da arte e do meio ambiente. Além do acervo de arte contemporânea, possui um belo “acervo” botânico. O parque tem espécimes representativos da flora brasileira. Um bom lugar para introduzir as crianças (em alguns casos até mesmo os adultos) ao mundo das artes plásticas.
Não deixe de ver: considerado importante para a chamada arte conceitual, Cildo Meireles é um dos artistas brasileiros de maior projeção internacional. Entre suas nove obras em Inhotim está Através (1983, 1989), composta por vidro e outros materiais de contenção, como telas e plástico. Tal qual o nome sugere, a instalação pode ser atravessada pelo espectador. 
O que a escola pode trabalhar: a aproximação entre as crianças de escola pública a arte e a educação ambiental por meio de programas como o Laboratório Inhotim e o Jovens Agentes Ambientais, entre outros. “No ano passado, recebemos 18 000 crianças de escola publica aqui”, diz Ricardo Santiago, conselheiro de administração do Instituto. As visitas acontecem às quintas e sextas-feiras e têm duração média de 2h30. É preciso agendar com antecedência no (31) 3227-0001. 

Melhor para: estudantes de qualquer idade.

Na agenda: acesso pelo km 490 da BR-381 p/ S. Paulo (Inhotim), tel: (31) 3227-0001, site: www.inhotim.org.br. De quintas e sextas-feiras, das 9h30 às 16h30; sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30. 

Entrada: R$ 10 (grátis para menores de seis anos e maiores de 60)"