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A arquitetura foi a disciplina integral à qual se subordinaram as outras
artes gráficas e figurativas, reafirmando o aspecto decorativo dos objetos de
uso cotidiano, mediante uma linguagem artística repleta de curvas e arabescos,
de acentuada influência oriental.
A arquitetura moderna caracteriza a arquitetura produzida especialmente entre
as décadas de 10 e 50, inserida nesse contexto cultural. Uma arquitetura
bastante diferenciada devido a expansão geográfica e convergida no CIAM. O
International Style traduz esta posição de convergência. Com a criação da noção
de que os preceitos da arquitetura moderna seguiam uma linha única e coesa,
tornou-se mais fácil a sua divulgação e reprodução pelo mundo. Uma outra
vertente, de origem norte-americana, é relacionada à Frank Lloyd Wright e
referida como arquitetura orgânica.
O Modernismo revolucionou as
artes visuais e a arquitetura. O que importava era o cotidiano da vida
contemporânea, mostrar nas pinturas e esculturas como o artista percebia a
realidade dentro da mais pura abstração. No lugar das construções ornamentadas
que reciclavam o passado, surge uma arquitetura aerodinâmica e despojada,
inspirada nas máquinas e inventora dos arranha-céus. A tradição e todas as suas
regras e convenções foram atacadas pelos artistas modernistas, que proclamaram
que qualquer tema e forma eram válidos.
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Na arquitetura, o modernismo se caracterizou pela estrita coerência entre
as formas sinuosas das fachadas e a ondulante decoração dos interiores.
Adotou-se a chamada construção honesta, que permitia vislumbrar vigas e
estruturas de ferro combinadas com cristal. Dentro dessa arquitetura modernista
existiram duas tendências: as formas sinuosas e orgânicas, de um lado, e as geométricas
e abstratas, precursoras da futura arquitetura racionalista, de outro. O aço, a necessidade de verticalização dos
espaços urbanos, a demanda pelos prédios de escritórios e a invenção do
elevador foram alguns dos elementos que impulsionaram um novo design para as
construções, mais limpo, tecnológico e geométrico.
Na Alemanha, surgiu a Bauhaus,
uma revolucionária escola de desenho que inovaria os conceitos arquitetônicos
com seus prédios em formato de caixas de vidro.
Em Barcelona, o arquiteto catalão Antoni Gaudí (1852-1926) revolucionou a
arquitetura com uma obra totalmente simbolista e natural, constituindo por si
só um estilo. Gaudí foi um pioneiro de melhorias estruturais modernas na
construção de edifícios. As fantasmagóricas sacadas da Casa Batlló estão entre
os exemplos mais brilhantes do estilo de Gaudí, que funde elementos medievais,
desenhos de plantas e animais e inúmeras curvas sinuosas.
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Na França e na Bélgica, os elegantes edifícios de ferro, cristal e
mosaicos de Hector Guimard e Victor Horta criavam espaços de uma força lúdica
irresistível. Entendido como movimento integral, que combinou todas as formas
das artes decorativas, às vezes é difícil separar no modernismo os elementos
exclusivamente arquitetônicos dos ornamentais. Não se deve esquecer que muitos
arquitetos não só faziam a decoração de seus edifícios como também desenhavam
os móveis.
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Victor Horta soube combinar com grande elegância seus conhecimentos de
ferreiro, arquiteto e decorador projetando a Casa Tasell, em Barcelona. Enquanto
isso, os americanos inauguravam o século XX com os primeiros arranha-céus do
arquiteto Louis Henry Sullivan e seu discípulo Frank Lloyd Wright.
Viena representou quase com exclusividade a corrente mais racionalista no
modernismo. Os arquitetos Otto Wagner e Joseph Maria Olbrich retiraram suas
formas do rigoroso gótico inglês e do inovador e visionário arquiteto escocês
Carles Rennie Mackintosh. Desta forma, conseguiram uma construção volumétrica,
de formas retangulares, com uma ornamentação bem dosada, embora sem chegar ao
extremo de seu contemporâneo Loos, que considerava a decoração uma aberração
arquitetônica.
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Nos Estados Unidos, dois arquitetos
revolucionaram os espaços de morar e trabalhar: Louis Sullivan e Frank Lloyd
Wright. A partir da idéia de que menos é
mais o arquiteto alemão Mies van der Rohe projetou estruturas com molduras
de aço e vidros. Inspirado pelo cubismo e por seu fascínio pelas máquinas, o
arquiteto suiço Le Corbusier com suas construções em forma de caixa, austeras e
sem ornamentação alguma, e sua crença no planejamento urbano sintetizou muitas
das idéias modernistas na arquitetura da primeira metade do século 20. Uma máxima que se tornou
uma grande caricatura do modernismo é a forma segue a função ("form
follows function", do arquiteto proto-moderno Louis Sullivan, também
traduzida como forma é função).
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Um dos
princípios básicos do modernismo foi o de renovar a arquitetura e rejeitar toda
a arquitetura anterior ao movimento, rompendo com a história. Este aspecto foi
criticado pelo pós-modernismo, que utiliza a revalorização histórica como um de
seus motes. Outra bandeira dos modernos é a rejeição dos estilos históricos
principalmente pelo que acreditavam ser a sua devoção ao ornamento, ao
supérfluo e ao superficial. Produzir uma arquitetura sem ornamentos era criar
espaços e objetos abstratos, geométricos e mínimos. Outra característica
importante eram as idéias de industrialização, economia e a recém-descoberta
noção do design. Os edifícios deveriam ser econômicos, limpos, úteis.
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Devido ao forte crescimento demográfico na Europa
no século XIX e o rápido e crescente processo de industrialização houve o deslocamento
populacional para as grandes cidades, inchando-as rápidamente. Esta pressão populacional aumentou as cidades
em direção à sua periferia, mas também aumentou a densidade próxima ao centro.
Esta maior densidade no núcleo das cidades transformou-se na verticalização
dos prédios. O ferro aliado às novas técnicas de engenharia produzindo sistemas
em treliça leves e resistentes permitiu criar estruturas cada vez maiores e
mais ousadas, como longas pontes com grandes vãos-livres e grandes cúpulas.
Outra vantagem foi a agilidade no processo da montagem. Outro material fruto do
processo de industrialização e agora produzido em larga escala foi o vidro. Outras
obras que se destacam são: o Palácio de Cristal em Londres, a torre Eiffel.
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