segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Inovações de Vidro - Demandas de Arquiteto

Por anos, os arquitetos têm tido uma relação de amor e ódio com o sol. Dentro de um espaço comercial, se quer atrair mais ou menos luz do dia? Essa questão se estende há tempos. Geralmente, os projetistas incorporam o vidro em 40% ou mais do exterior de uma construção. Ao mesmo tempo, fazem dele um elemento "invisível" no projeto. Essa tendência é trazida pelo desejo de suavizar a separação entre o ambiente interior e exterior e de economizar energia usando ao máximo a luz natural. Porém, o aumento da luz do dia também traz o calor solar e o excesso de claridade.

No começo do século XX, a luz elétrica não rendia o suficiente para o trabalho de escritório e as empresas dependiam da luz do dia. Cerca de 50 anos atrás, quase todos os locais de trabalho e escolas usavam a luz solar como sua fonte principal de iluminação. Apenas de 10 a 20 anos para cá as construções foram projetadas com menos vidros, vidros coloridos ou com maior refletividade, em uma tentativa de gerenciar melhor os efeitos do sol. Infelizmente, a aparência dos novos edifícios perdeu muito com isso.
O vidro é a chave para os projetistas que queiram controlar o gasto com energia em suas construções. Além da evolução do vidro baixo emissivo, que já auxiliou nessa busca, há outras tecnologias que contribuem para aproveitar melhor o poder da luz natural. Com inovações recentes, o envidraçamento é a liderança para fazer das construções mais sustentáveis.
 






O Fator Sustentabilidade
A sustentabilidade é hoje a questão central na elaboração de projetos para construções comerciais. Preocupados com os aumentos do custo com energia e conscientizando-se das questões ambientais, as pessoas responsáveis pelo projeto de um edifício discutem freqüentemente o que significa ser ou tornar-se "verde". Há muitos elementos em um projeto que podem construir uma estrutura mais sustentável. O vidro está no topo da lista. Para garantir a eficiência energética, o sistema de envidraçamento deverá ter um valor-U e ganho de calor solar baixos e uma transmissão de luz visível alta, a fim de maximizar a luz do dia. Produtos de vidro com revestimentos baixo emissivo (low-E) oferecem o melhor desempenho de energia disponível hoje em dia. 
O edifício Heifer International Worlwide Headquarters em Little Rock, Ark., projetado por Polk Stanley Rowland Curzon Porter Architects Ltd., foi escolhido como um Comitê AIA no Ambiente dos Dez Projetos Mais Verdes para 2007. Ele apresenta o vidro SuperNeutral 68* SunGuard da Guardian. “A sustentabilidade é hoje a questão central na elaboração de projetos para construções comerciais.”  SunGuard® SuperNeutral 54*, um novo revestimento de vidro da Guardian Industries, é um exemplo de inovação. Atende às necessidades dos projetos mais atuais, combinando uma série de atributos-chave, tais como claridade reduzida, controle solar e neutralização da cor em um alto desempenho do revestimento de vidro baixo emissivo.  
Apresentados pela primeira vez nos anos 80, os revestimentos baixo emissivos (low-E) mudaram a maneira de se pensar sobre o vidro. Por quê? Pelos seus grandes benefícios, incluindo: economia de energia para aquecimento e resfriamento. O primeiro revestimento baixo emissivo, de base prata, tinha coeficientes de ganho de calor solar entre 0,4 e 0,5 e transmissão de luz visível acima de 60%. Hoje os fabricantes de vidro continuam a dar grandes passos. Os novos produtos chegam a coeficientes de ganho de calor solar menores do que 0,3, ainda oferecendo transmissões de luz de mais de 50%. 
O alto desempenho das tecnologias baixo emissivas na última década ajuda as empresas a alcançarem uma redução de custos significativa. Segundo relatório do Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA as janelas com vidro baixo emissivo (low-E) instaladas durante 2005 gerarão US$ 37 bilhões em economia líquida ao longo de sua vida útil. Até agora, menos da metade das janelas comerciais nos EUA tem um revestimento baixo emissivo (low-E).


Vidro e Eficiência Energética
Além de controlar o ganho de calor solar em um edifício, ajudando a melhorar a eficiência dos sistemas de ar condicionado e ventilação, o vidro correto pode trazer vantagens combinado com o controle da iluminação durante o dia.
Normalmente, uma construção é projetada para bom desempenho no pior caso previsto. Ou seja, o tipo e o tamanho do equipamento de ar condicionado e ventilação costuma ser baseado nas temperaturas mais extremas, com os maiores níveis de ocupação. Isso muitas vezes pode levar à compra adiantada de um equipamento maior do que o necessário. Além do que, um sistema funcionando a menos de 50% de sua capacidade total trabalha com uma eficiência de energia exponencialmente menor. 
Há meios de reduzir o tamanho de um sistema de ar condicionado e ventilação. O primeiro da lista é minimizar o ganho de calor solar, através do revestimento baixo emissivo (low-E). Como mencionado, a luz do dia foi elemento de destaque em diferentes estágios da história da arquitetura. O imperativo da sustentabilidade impõe que essa luz natural, que é uma das poucas fontes renováveis disponíveis, novamente tome o palco principal. Como única controvérsia contra o maior uso da luz natural, temos os clarões. Resultantes do excesso de luz solar, eles podem prejudicar a visão de um monitor do computador ou de uma tela de apresentação. Instalar cortinas é uma solução, porém estudos mostram que, uma vez que sejam fechadas, elas raramente são abertas novamente. Muitos arquitetos têm tentado resolver esse desafio: novas tecnologias habilitam os proprietários das construções a ajustarem automaticamente o tratamento de suas janelas e o uso da eletricidade, conforme a entrada de luz natural em cada sala. 
 


Vidro Toma o LEED
 O progresso já conseguido em sustentabilidade é admirável. No entanto, a comunidade da arquitetura e design, além das empresas que os provém de materiais, ainda tem muito trabalho a fazer. Estabelecido em 2000 pelo Conselho U.S. Green Building, o sistema de avaliação de liderança em projetos de energia e meio ambiente (LEED) traz uma série de padrões industriais. Esses padrões orientam quem está comprometido com a construção e operação "verde" de suas instalações. De acordo com um artigo no The Wall Street Journal, 167 construções foram certificadas pelo LEED entre 2000 e 2005. No final desse período, havia mais de 1,800 projetos em desenvolvimento com certificado LEED. Muitas inovações do vidro ajudaram arquitetos e projetos a receber o LEED. Camadas baixo emissivas no vidro colorido ou de alta reflexão podem ajudar quando a retenção de calor solar é um desafio maior. O processo de serigrafia, a aplicação de um padrão sutil no vidro, é uma alternativa. Normalmente, é usada em conjunto com um revestimento baixo emissivo de alto desempenho. Isso mostra que nem sempre é a opção que oferece os melhores custos. Para atingir os benefícios em macroescala da arquitetura sustentável, os novos produtos devem atender a esse conjunto de demandas. E mais, é preciso fazê-lo a preços competitivos. Felizmente, com os processadores de vidro introduzindo produtos de revestimento superiores, essa visão está se tornando uma realidade e o futuro aparece mais promissor. 

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